O friozinho do inverno é bom para dormir abraçado e curtir o clima em casa, com a pessoa amada, não é mesmo? Não para todo mundo.
De acordo com um estudo do site de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison, há quem prefira procurar “novas conexões e tipos diferentes de relações” nesse período, e os moradores de Brasília estão no topo da lista (veja ranking completo abaixo).
A plataforma listou as cidades brasileiras com maior índice de procura por relacionamentos fora do casamento durante o inverno. O ranking intitulado “CEP Novo: As cidades do Brasil que contam com mais pessoas desejando fazer uma rota diferente”, analisou todas as inscrições no site entre 20 de junho e 22 de setembro de 2023 — período da estação mais fria do ano no país —, considerando a base per capita das cidades.
Veja lista das cidades brasileiras onde há maior procura de relacionamentos extraconjugais no inverno
De acordo com Isabella Mise, diretora de comunicação da plataforma, o inverno tem uma atmosfera propícia para a busca por novas experiências e conexões emocionais. “Esse cenário, muitas vezes, impulsiona a busca por conexões que vão além dos relacionamentos primários, especialmente quando estes não suprem plenamente as necessidades emocionais e afetivas dos indivíduos”.
“É importante ressaltar que essa busca não se configura necessariamente como um indicativo de problemas nos relacionamentos primários, mas, sim, como uma expressão natural do desejo humano por conexão, intimidade e afeto”, diz Isabella.
Monogamia em baixa
traição — Foto: G1
A análise das inscrições no Ashley Madison revela ainda que a busca por diferentes tipos de relacionamentos é uma tendência em crescimento no Brasil.
“O ranking demonstra que a não monogamia não se restringe a grandes centros urbanos, ou somente nas capitais, mas está presente em todo o país. Isso reflete a evolução dos costumes e a aceitação de diferentes tipos de relacionamento pode estar aumentando”, diz Isabella Mise.
Para a diretora da plataforma de relacionamentos extraconjugais, a mudança é resultado do maior acesso à informação, a abertura de diálogos sobre sexualidade e afetividade, e a busca por modelos de relacionamento mais autênticos e satisfatórios.
‘A pessoa que trai tem predisposição a isso’
A psicanalista e especialista em relacionamento Mariana Frota defende que qualquer situação de traição não começa por algo pontual, como a estação do ano. Segundo ela, “a pessoa que trai já está pensando nisso, tem predisposição”.
“O que pode justificar a pesquisa é que para fazer isso no inverno, tem que sair de casa, precisa ter um certo poder aquisitivo, alugar um hotel, um apartamento. E Brasília é um lugar de pessoas com poder aquisitivo. Além disso, o inverno é mais frio e a pessoa não quer socializar, vai querer sair para algo mais íntimo, um colo, um jantar a luz de velas, um encontro romântico”, diz a especialista.
A psicanalista diz ainda que é importante as pessoas olharem para si, e não tomar esse tipo de estudo para sustentar um desejo e “colocar a culpa no inverno”, brinca.
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