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Servidor público relata ataque homofóbico em bar no DF: ‘Proferiram ofensas verbais durante três horas e meia’

Pessoa segurando bebidas em mesa de bar — Foto: Foto: Unsplash

Por Afonso FerreiraCarina Benedetti, Fábio Amato, TV Globo

Um servidor público do Distrito Federal, de 35 anos, denunciou ter sido vítima de homofobia em uma bar da Asa Norte, em Brasília, na madrugada deste domingo (8). O suspeito, segundo a vítima, é um homem que estava sentado na mesa ao lado com dois amigos e está preso (saiba mais abaixo).

Igor Saraiva contou à TV Globo que foi ao bar acompanhado de três amigas. Após se sentarem à mesa, ele afirma que o suspeito começou proferir ofensas às mulheres que o acompanhavam.

“Ele começou chamando minhas amigas de velhas, que poderiam ter sentado ali algumas novinhas, e na sequência, uns dez minutos após, uma das minhas amigas levantou e, mais uma vez, ele proferiu uma sentença de baixo calão sobre as nádegas dela”, diz o servidor público.

Em seguida, segundo Igor, começaram as ofensas homofóbicas.

“Ele terminou de atingir as minhas amigas e como não conseguiu, vieram até mim. Isso durante três horas e meia e eles proferiram ofensas homofóbicas. Eu estava de costas, nem vi a cara dos indivíduos, e por enquanto, eram só ofensas verbais. Quando ele viu que não ia me tirar do sério, começou a arremessar objetos em mim, como bolas de papéis e algo que eu não consegui identificar”, conta Igor,

 

A vítima conta ainda que chegou a procurar funcionários do bar Caju Limão, mas não conseguiu ajuda e chamou a Polícia Militar. Em nota, o bar disse que assim que tomou conhecimento dos “graves fatos”, a equipe interveio imediatamente para mediar a situação e prestar todo o suporte necessário aos envolvidos (veja nota completa ao final da reportagem).

A Polícia Militar chegou no local e prendeu o suspeito. Ele aguarda audiência de custódia. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, como injúria preconceituosa – sexo/gênero.

Suspeito nega comentários

 

Em depoimento na delegacia, o suspeito negou ter feito comentários homofóbicos contra Igor e ofendido as amigas dele. Já o amigo do suspeito, que estava com ele no bar e também foi levado à delegacia, confirmou que o suspeito usou palavras impróprias, mas não se referia às pessoas que estavam na mesa ao lado.

O que diz o bar Caju Limão?

 

“Lamentamos profundamente o ocorrido em nosso estabelecimento na última noite. Assim que tomamos conhecimento dos graves fatos, nossa equipe interveio imediatamente para mediar a situação e prestar todo o suporte necessário aos envolvidos. Além disso, contatamos as autoridades competentes para que conduzissem a apuração e adotassem as medidas cabíveis.

Reforçamos que somos totalmente contrários a qualquer forma de discriminação e seguimos rigorosamente nossa política de respeito e inclusão. Estamos à disposição das autoridades para colaborar no que for preciso e reafirmamos nosso compromisso em proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para todos os nossos clientes.”

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