Expulsão ao final do evento ressalta seu comportamento controverso e seus interesses políticos futuros.
Na noite de ontem (23/09), durante um debate promovido pelo Flow News, o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, mais uma vez se destacou por gerar tumulto, confusão e espalhar inverdades. A presença de Marçal causou notório incômodo entre os demais candidatos, que esperavam um comportamento antissocial, algo característico dele. Nesse aspecto, Marçal só não supera seu líder, Jair Bolsonaro, a quem defendeu de pronto quando foi citado por outro debatedor. No final do debate, faltando apenas 10 segundos, Marçal foi expulso pelo mediador, o jornalista Carlos Tramontina
Candidato pelo PRTB, Marçal, natural de Goiás, tenta conquistar a prefeitura da maior cidade do país, mas carrega uma série de acusações, que vão desde envolvimento em supostos planos de roubos a bancos até outras denúncias sem provas. Nacionalmente conhecido por suas declarações controversas, ele ostenta riqueza e promete compensar quem provar que foi prejudicado por ele, devolvendo.
No entanto, Marçal não apresenta propostas concretas ou viáveis e, ao menos nos debates anteriores, evitava frequentemente responder a perguntas, indicando que as respostas seriam dadas nas suas redes sociais, provavelmente pelos seus assessores. Ele se revela um candidato vazio, mas perigoso, devido à sua habilidade nas redes sociais, onde manipula seu público com falsidades. Com as eleições de 2026 se aproximando, não será surpresa se ele tentar uma candidatura à presidência, repetindo o exemplo de figuras exóticas como o padre Kelmon, cuja candidatura em 2022 serviu apenas para rebaixar o nível dos debates e fortalecer a candidatura de Bolsonaro com ataques agressivos, sem apresentar propostas reais
Dificilmente Marçal vencerá a disputa pela prefeitura, mas sua presença no cenário político pode abrir portas para futuras candidaturas. Se os eleitors brasileiros não refletirem sobre suas escolhas, corremos o risco de, em um futuro próximo, ter alguém no Palácio do Planalto que possa ser ainda pior que Bolsonaro, Temer e Collor juntos.