Medida liminar acatou pedido da Defensoria Pública da União, em consequência das suspensões de aulas devido ao coronavírus
A medida foi solicitada pela Defensoria Pública da União (DPU), com a alegação de que escolas estão fechadas em todo o país por conta de medidas estaduais e municipais para evitar a propagação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O prazo para solicitar dispensa da taxa de inscrição acabaria nesta sexta-feira (17/04), com inscrições para o Enem marcadas para o período de 11 a 22 de maio. Provas seriam em 1º de novembro e 8 de novembro.
O desempenho no exame é usado por instituições de ensino superior para definir ingresso de alunos em seus cursos, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e para qualificação ao Prouni, programa federal de bolsas em unidades particulares para pessoas de baixa renda.
A magistrada registrou, em sua decisão, várias consequências das suspensões variadas das aulas e afirmou que “os alunos que se submeterão ao Enem não têm acesso à informação e não estão tendo acesso ao conteúdo programático necessário para a realização da prova”, e por isso não seria razoável manter os prazos definidos inicialmente.
Mais cedo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia atacado o pedido da DPU para adiar o Enem. “Isso que tem que paralisar tudo é bobagem. O Brasil não pode parar. Todo ano querem acabar com o Enem. Só que a argumentação deles é totalmente equivocada. Eles dizem: as pessoas não estão podendo se preparar. Mas está difícil para todo mundo”, disse Weintraub.
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