A recomendação foi enviada nesta sexta-feira (17) à administração do Guará, onde estava marcado o show da banda Mayhem
O show da banda, que ocorreria em 21 de março em Porto Alegre, já foi cancelado.
Segundo os promotores de Justiça do MPDFT, “a instituição foi acionada nessa quinta-feira (16/3), por representantes de movimentos sociais que lutam contra o racismo e o antissemitismo, e logo entrou em contato com o Ministério Público Federal (MPF) para a expedição da recomendação conjunta, tendo em vista a gravidade dos fatos noticiados e a inadmissibilidade da realização desse tipo de evento no Distrito Federal ou em qualquer lugar do mundo”, explicam.
A recomendação é assinada por membros dos Núcleos de Direitos Humanos e da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, bem como da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF.
O que diz a casa de shows
O movimento solicitando o cancelamento do show teve início na última quinta-feira (16/3), quando o deputado distrital Fábio Felix (PSol) entregou uma representação à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e ao MPDFT para vetar o a exibição da banda norueguesa na capital do país.
Fábio pediu ao Ministério Público a instauração de procedimento para investigar a conduta dos integrantes da banda durante a turnê pelo Brasil e, se for o caso, suspender preventivamente o show agendado para o DF.
Para a PCDF, o deputado pediu que a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) abra inquérito para apurar a conduta dos integrantes da banda a fim de encaminhar o caso para órgãos encarregados da prevenção de delitos.
Por meio de nota, a Toinha Brasil Show informou, antes da recomendação dos MPs, que cancelaria a apresentação da banda Mayhem “caso seja constatado pelos órgãos competentes indícios de apologia ao nazismo”. O Metrópoles entrou novamente em contato com os organizadores para saber se agora, diante do posicionamento dos órgãos fiscalização, a programação será, de fato, suspensa. Os questionamentos da reportagem não haviam sido respondidos até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.