Críticos ao identitarismo dizem que a prioridade deve ser a justiça social
247 – O identitarismo, política de setores da esquerda criticada pelo ex-presidente do Equador, Rafael Correa, é um termo que se refere a uma forma de política identitária que se concentra na construção e afirmação de identidades coletivas com base em características pessoais, como gênero, raça, etnia, orientação sexual, religião, entre outras.
O identitarismo surgiu como uma crítica ao universalismo e à ideia de que todas as pessoas são iguais, argumentando que as diferenças entre os grupos devem ser reconhecidas e valorizadas. Os identitaristas defendem a ideia de que as pessoas são oprimidas em virtude da sua identidade, e que é necessário lutar pela igualdade e pela justiça social através da afirmação das identidades coletivas e da valorização das diferenças.
No entanto, o identitarismo tem sido alvo de críticas por parte de muitos que argumentam que a ênfase excessiva nas identidades pode levar a uma divisão da sociedade em grupos cada vez mais isolados e separados, tornando a luta por justiça social mais difícil de ser alcançada.
“É um erro colocar isso como central em nossa agenda. Sim, são problemas, têm que ser tratados com muito respeito. Mas nem sequer resolvemos os problemas do século 18, as grandes contradições, a pobreza generalizada, a desigualdade, a exploração. E nos metemos a tentar resolver e ser vanguarda do mundo de problemas de última geração. Alguns estão na fronteira da questão moral, são polêmicos. Se ser progressista é assinar esse checklist, não sou progressista”, disse Correa.