Após breve apresentação na sede da Terracap, o grupo foi até a bacia de retenção, que está sendo construída no Setor de Embaixadas Norte, ao final do percurso da tubulação, e fará parte do Parque Internacional da Paz. A rede de drenagem começa nas redondezas da Arena BRB Mané Garrincha, seguindo em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte, até chegar ao Lago Paranoá.
Com 37 mil m², a lagoa vai comportar até 96 mil m³ de água, com um volume útil de 70 mil m³. O objetivo, segundo o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho, é melhorar a qualidade da água que chega ao Paranoá. “A ideia é que a água pare aqui e toda a sujeira vá para o fundo, melhorando a qualidade da água lançada no lago”, explica.
Presente na visita técnica, o superintendente de Drenagem da Adasa, Hudson Rocha de Oliveira, elogiou a magnitude do projeto e ressaltou a importância para o meio ambiente. “É importante minimizar os alagamentos e melhorar a qualidade da água que chega ao Paranoá, também equalizando a quantidade de água que chega lá ao mesmo tempo”, afirmou.
O coordenador de Outorgas da Superintendência de Drenagem da Adasa, Jeferson da Costa, comentou que o órgão está atento à execução da obra. “A Adasa possui a função de regulação dos serviços públicos de saneamento básico, que inclui drenagem e o lançamento de corpos hídricos”, disse. “Ficamos muito felizes com a retomada deste projeto, que deve resolver problemas históricos de Brasília”.
Já a coordenadora de Fiscalização da Superintendência de Drenagem da Adasa, Débora Diniz, observou ainda que “é importante melhorar o serviço de drenagem no DF, que tem causado tanto impacto, principalmente nos últimos anos”.
Avanços
Com investimento de R$ 174 milhões, serão construídos 7,68 km de tubulação, divididos em cinco contratos. Deste total, 1.782 km já foram escavados e 276 metros, concretados. Além disso, já foram perfurados 49 dos 101 poços de visita (PVs) previstos, sendo que 27 estão concluídos e 22 em andamento.
A abertura das galerias é feita com o método conhecido como tunnel liner, em que a obra é, praticamente, toda subterrânea e apenas os PVs estão ao alcance dos olhos, garantindo maior agilidade aos serviços com incômodo mínimo para a população. O trabalho é manual, executado com pás e picaretas.