Blog do Ataíde

Notícias de interesse social

“A revolução socialista no Brasil será preta, favelada e periférica”, diz André Constantine

André Constantine (Foto: Reprodução Youtube)

Favelas devem ser agentes de transformação social e política, diz o militante e comunicador

Em uma entrevista à jornalista Hildegard Angel, da TV 247, o comunicador popular e militante político André Constantine, membro da direção do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro, ressaltou a importância da luta de classes como um meio essencial para alcançar a verdadeira transformação social. Constantine, conhecido por suas reflexões incisivas sobre política, cultura e ideologia, destacou que a revolução socialista no Brasil deve ser liderada pela classe trabalhadora, especialmente pelos negros e periféricos.

O diálogo revelou a visão do militante sobre a necessidade de uma abordagem política inclusiva, que reconheça e enfrente as desigualdades estruturais presentes na sociedade brasileira. Constantine enfatizou que a representatividade por si só não é suficiente; é fundamental politizar as políticas públicas para garantir uma abordagem que atenda às necessidades das comunidades marginalizadas.

Uma das questões levantadas por Constantine foi a relação entre as favelas e a transformação política. Ele argumentou que as favelas devem ser reconhecidas como agentes de transformação social e política, destacando o papel do Movimento Favela Não Se Cala como um exemplo concreto dessa capacidade de mobilização e resistência. Segundo o militante, as favelas têm o potencial de se tornarem centros de poder político e econômico, desafiando as estruturas de dominação existentes. “A revolução socialista no Brasil será preta, favelada e periférica”, diz ele.

Além disso, Constantine abordou preocupações sérias relacionadas à lavagem de dinheiro por facções criminosas, destacando a inovação de algumas dessas organizações ao abrir suas próprias igrejas para esse fim. Ele ressaltou a necessidade de enfrentar essa realidade de forma eficaz, destacando a importância de uma abordagem política que enfrente as raízes do problema, em vez de simplesmente lidar com as consequências

Durante a entrevista, Constantine também criticou o identitarismo e defendeu uma visão de luta de classes que una as diversas lutas por justiça social. Ele argumentou que a verdadeira transformação só será alcançada quando as questões raciais, econômicas e sociais forem abordadas de forma interseccional, reconhecendo as complexidades das opressões enfrentadas pelas comunidades marginalizadas.

Em suma, as reflexões de André Constantine oferecem uma visão provocativa e inspiradora sobre o papel da política na transformação social. Suas palavras ressoam como um apelo à ação coletiva e à solidariedade, destacando a importância de uma abordagem política que coloque as necessidades das comunidades marginalizadas no centro do debate. Assista:

 

 

Please follow and like us:
Pin Share

About Author

RSS
Follow by Email