Ações das construtoras que atendem ao público do Minha Casa, Minha Vida têm registrado um aumento significativo na Bolsa de Valores nos últimos 12 meses
Após anos de desânimo, o setor de construção civil no Brasil está experimentando uma retomada animadora em 2024. Dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais (Secovi/SP) revelam um cenário promissor, impulsionado por uma série de fatores favoráveis, lista o jornal O Globo. Com a queda da taxa básica de juros (Selic), que caiu de 13,75% para 10,75% ao longo de seis reduções consecutivas desde agosto de 2023, o mercado imobiliário tem testemunhado uma diminuição nas taxas de financiamento. Esta medida, combinada com mudanças significativas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), implementadas pelo governo Lula (PT) em 2023, tem sido um catalisador para o ressurgimento das vendas.
No último ano, São Paulo, representando um quarto do mercado imobiliário nacional, registrou a venda de 76.145 unidades novas, sendo 47% delas relacionadas ao MCMV. Este número representa o maior volume de vendas desde 2018, antes mesmo da pandemia de Covid-19. Além disso, as mudanças no MCMV têm sido cruciais. O aumento do subsídio para a Faixa 1, destinada a famílias de menor renda, para R$ 55 mil, e a redução das taxas de juros para entre 4% e 4,5%, aliados à extensão do prazo de amortização do financiamento para 420 meses, têm tornado a aquisição de imóveis mais acessível para essa parcela da população. Outra novidade é a possibilidade de utilizar o FGTS Futuro na compra, o que amplia a capacidade de financiamento para trabalhadores com carteira assinada.
Com uma projeção de crescimento de 5% no mercado imobiliário do estado de São Paulo este ano, e um aumento ainda mais expressivo de 10% no segmento MCMV, as perspectivas para o setor são animadoras. Espera-se que esse desempenho também se estenda a nível nacional, sinalizando uma recuperação robusta do mercado imobiliário brasileiro em 2024.