Líder chinês quer consolidar a relação com o Brasil, em visita prevista para o mês de novembro
247 – O presidente da China, Xi Jinping, está programando uma visita ao Brasil em novembro deste ano, durante a qual ele buscará persuadir o país a aderir ao seu projeto global conhecido como ‘Belt & Road (Cinturão & Rota)’. Esse plano, iniciado em 2013, tem como objetivo principal fortalecer os laços comerciais e de infraestrutura entre a China e outras nações, impulsionando as exportações chinesas e aumentando sua influência no cenário internacional. Com investimentos significativos já feitos em países em desenvolvimento através desse programa, a China procura agora estender sua rede de relações, especialmente em meio às turbulências causadas pela pandemia de covid-19.
De acordo com reportagem do jornalista Assis Moreira, no Valor, a adesão do Brasil ao ‘Belt & Road’ representaria uma validação importante para a China como um ator global influente, em contraste com as tensões que enfrenta com os Estados Unidos e a Europa. Este movimento reforçaria a posição da China como uma potência econômica e política emergente, capaz de moldar a ordem mundial de acordo com seus interesses. A iniciativa também visa garantir um suprimento estável de matérias-primas e expandir seu mercado global, estratégia crucial para o crescimento contínuo do país.
Para o Brasil, a decisão de aderir ao ‘Belt & Road’ implica em uma série de considerações estratégicas e econômicas. Além dos benefícios potenciais em termos de investimentos e desenvolvimento de infraestrutura, há também questões relativas à soberania e à dependência de um único parceiro comercial. A postura brasileira diante dessa proposta chinesa pode refletir não apenas suas relações com a China, mas também sua posição no contexto geopolítico mais amplo.
A visita planejada de Xi Jinping ao Brasil em novembro representa um momento crucial para as relações bilaterais entre os dois países. Além da possível adesão ao ‘Belt & Road’, espera-se que o encontro aborde questões comerciais, políticas e estratégicas de interesse mútuo. A decisão final do Brasil sobre essa questão terá repercussões significativas não apenas em suas relações com a China, mas também em sua posição no cenário internacional.
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