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Cerca de 63 mil pessoas não sabem ler nem escrever um bilhete no DF

Foto -Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo o censo demográfico, o número corresponde a uma taxa de analfabetismo de 2,8% das pessoas no DF, menor que a média nacional

De acordo com o Censo Demográfico, 63,3 mil pessoas não sabem sequer ler e escrever no Distrito Federal. O número representa uma taxa de analfabetismo de 2,8% das pessoas no DF, muito menor do que a média nacional, que é de 7%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17/5).

Segundo o levantamento, os resultados do censo de 2022 foram comparados com as pesquisas feitas nos anos anteriores. “A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indica que ocorreu queda na taxa de analfabetismo no DF, refletindo, principalmente, a expansão educacional”, apontou o estudo.

O censo também destacou que desde a universalização do acesso ao ensino fundamental houve uma transição que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas.

Essa observação está acompanhada das taxas de analfabetismo a partir dos grupos de idade. Segundo o censo, apenas 0,8% dos jovens de 15 a 19 anos não sabem ler nem escrever, enquanto o percentual salta para 9,9% para o grupo de 65 anos ou mais no DF.

O censo apontou que, mesmo com mais pessoas alfabetizadas, em média, é possível verificar que a expansão educacional não beneficiou a todos grupos populacionais no mesmo ritmo. Enquanto as taxas de analfabetismo para pessoas brancas com 15 anos ou mais são de 1,9%, para as pessoas negras ou pardas, na mesma faixa etária, o número sobe para 4,2% e 3,2% respectivamente.

Em relação ao gênero, as mulheres apresentaram indicadores educacionais melhores que os homens. “O percentual de homens de 15 anos ou mais de idade que sabiam ler e escrever era 97%, enquanto o de mulheres na mesma faixa de idade era 97,4%”.

No comparativo com o censo de 2010, as taxas de homens e de mulheres eram as mesmas: 95,5%.

Para a população indígena no DF, a porcentagem é outra em relação ao gênero, em que 94,6% dos homens são alfabetizados em comparação a 94,4% das mulheres.

São 5.032 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 4.755 sabiam ler e escrever um bilhete simples, e 277 não sabiam ler e escrever um bilhete simples.

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