Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a Conab a importar até um milhão de toneladas de arroz.
O governo federal, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizará a compra de 104.035 toneladas de arroz importado na próxima terça-feira (21/5). A medida foi tomada devido às perdas na produção do Rio Grande do Sul causadas pelas chuvas.
O orçamento máximo destinado para essa compra é de R$ 416,14 milhões. O arroz importado será vendido ao consumidor brasileiro por, no máximo, R$ 4 por quilo.
“O arroz que vamos adquirir terá uma embalagem especial do governo federal, indicando o preço máximo de venda ao consumidor, que será de R$ 4 por quilo”, informou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Importação e Distribuição
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a Conab a importar até um milhão de toneladas de arroz, se necessário. Essa ação visa evitar a alta de preços devido às enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por aproximadamente 70% da produção de arroz no Brasil.
A medida provisória (MP) 1.217/2024, que autoriza a importação do cereal, estipula que as aquisições serão feitas através de leilões públicos ao longo de 2024.
Destino do Arroz Importado
De acordo com a MP 1.217/2024, os estoques de arroz serão distribuídos a pequenos varejistas nas regiões metropolitanas, exceto no Rio Grande do Sul, com base em indicadores de insegurança alimentar.
Os primeiros carregamentos serão destinados aos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia. O produto será desembarcado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA) e embalado em pacotes de 2kg com a logomarca do governo federal.
Garantia de Abastecimento
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, garantiu na quinta-feira (16/5) que “não há nenhum risco” de desabastecimento, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul. Ele explicou que a principal dificuldade é o escoamento da produção já colhida devido às condições logísticas adversas, como bloqueios de estradas causados pelas chuvas.
Além disso, a Secretaria de Política Econômica (SPE), junto com a Conab, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está desenvolvendo um sistema de monitoramento constante dos preços dos produtos agrícolas no país.
Recentemente, Lula expressou sua insatisfação com o preço do arroz: “Estou bastante irritado porque vi um pacote de 5 kg de arroz sendo vendido por R$ 33 no supermercado. Isso não é normal. O povo pobre não pode pagar R$ 33 por um pacote de 5 kg de arroz.”
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