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Lula quer casar reforma ministerial à sucessão na Câmara, dizem aliados

jun 10, 2024 #Lira, #Lula, #Padilha, #Rui Costa
Lula, segundo os relatos de fontes, considera imprescindível assegurar a coesão da articulação política com a escolha do nome que substituirá Lira no comando da Casa28/08/2023 - Adriano Machado/Reuters

Trocas na articulação política serão avaliadas para assegurar coesão com sucessor de Arthur Lira

 

 

Clarissa Oliveira

A avaliação foi feita ao blog por aliados próximos do presidente e encontra ressonância no entorno do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), visto como um dos grandes interessados nesse movimento.

Lula, segundo os relatos, considera imprescindível assegurar a coesão da articulação política com a escolha do nome que substituirá Lira no comando da Casa. Seria uma forma de tentar neutralizar, ao menos em parte, a quebra de interlocução que marcou a relação entre Planalto e Congresso nos últimos meses, protagonizada pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o próprio Lira.

Situação delicada

Embora Lula não tenha dado até o momento qualquer ressonância à ideia de substituir Padilha nas Relações Institucionais, até mesmo amigos do ministro admitem nos bastidores que sua situação se tornou extremamente delicada.

Após Lira criticar publicamente Padilha, Lula passou a atuar de maneira mais direta na interlocução com a Câmara, delegando o diálogo direto com Lira ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Antecipação

A estratégia casa com o movimento recente do próprio Lira, que indicou planos de antecipar a apresentação de um nome da sua preferência para sucedê-lo. A expectativa, neste momento, é que Lira indique um favorito para sua sucessão na volta do recesso parlamentar, em agosto.

Lula vinha sendo pressionado por integrantes de seu próprio governo e do PT a antecipar as trocas na Esplanada. A articulação política deficiente levou o governo a amargar diversas derrotas no Congresso neste primeiro semestre, um cenário que Lula quer a qualquer custo evitar na segunda metade do mandato.

A ideia é que as trocas na Esplanada passem a ser analisadas após as eleições municipais, para que o novo ministério esteja operando totalmente na largada de 2025.

 

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