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Notícias de interesse social

O Perigo da Indiferença Política

 

A importância do voto consciente e os impactos das escolhas eleitorais na vida cotidiana.

 

Por – Ataíde Santos

Política: Muitas pessoas, quando perguntadas, dizem que não gostam de política e, por isso, evitam participar de discussões sobre o tema. Votam apenas porque é obrigatório, e pronto! O resultado é que, por não se engajarem no debate, acabam sendo influenciadas pelo que veem na mídia e nas redes sociais. Assim, elegem figuras como Níkolas, Bolsonaro, Tarcísio, Janaína, e votam em Michelle porque a veem chorar (mesmo que falsamente) nas igrejas, ou em Damares, e agora, em um tal de Marçal, que muitos dizem ser “ladrão de banco”. Isso não me surpreende, afinal, elegeram um ladrão de joias.

As pessoas não percebem que a eleição dessas “figuras” afeta diretamente suas vidas. O preço do feijão, dos medicamentos, o atendimento na rede pública de saúde, a qualidade da escola e creche dos filhos e netos, o combustível, a energia elétrica… tudo isso tem o dedo do “escolhido”.

Votar no jogador de futebol porque é craque, no cantor porque canta bem, no pastor que se diz “escolhido” por Deus, no militar que promete matar “bandidos”, ou acreditar que votar em rico porque ele “não precisa roubar” é uma ingenuidade imensurável.

Precisamos entender que vivemos em uma coletividade. A violência que tanto reclamamos é fruto de várias carências, muitas vezes de caráter. Comprar seguidores nas redes sociais é fácil; treinar oratória para iludir os desavisados é ainda mais fácil. Basta usar o nome de Deus em vão ou prometer riquezas imediatas, mas, claro, essas riquezas só chegam para quem as promete.

Correr atrás e defender “mitos” beira a falta de inteligência e o desamor por si e pelos seus. Votar em alguém porque é filho, neto, sobrinho ou cônjuge de fulano é ignorar que são pessoas diferentes, com pensamentos e ações diferentes. Fulano é seu conhecido, mora na mesma rua ou condomínio, frequenta a mesma igreja, fez novelas ou filmes… E o que ele já fez ou faz pela comunidade da qual faz parte? Quais bandeiras ele defende? Da vida ou do extermínio? Da preservação ou da extinção da espécie, inclusive a sua?

Ainda há tempo. Não é uma conversa “bonita”, gestos ensaiados ou palavras cuidadosamente estudadas que vão resolver a vida das pessoas. Seguidores nas redes sociais não conferem competência social a quem os ostenta. Quem você quer dirigindo sua cidade, estado ou país? Você quer no parlamento alguém que só cria leis para se beneficiar? Aparência bonita ou atributos físicos podem ser vantajosos apenas para quem os possui.

Já escolheu em quem vai votar? Repense, repense, e repense. Se ainda não, pense e escolha com sabedoria, pensando no coletivo e não apenas no pessoal. Não troque seu voto por um emprego onde terá que devolver dois terços do salário a quem lhe ofereceu a vaga.

Ainda há tempo.

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