Homenagem destaca papel de Dilma no fortalecimento das relações Brasil-China.
A ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff, será homenageada com a Medalha da Amizade da República Popular da China, a mais alta distinção concedida a estrangeiros pelo governo chinês. A cerimônia está marcada para ocorrer às 21h deste sábado (horário de Brasília), como parte das comemorações do 75º aniversário da fundação da República Popular da China. Em entrevista à agência de notícias Xinhua, Dilma reafirmou seu compromisso com o fortalecimento das relações entre China e Brasil e ressaltou a importância do papel da China na modernização global
“Em 75 anos, a China alcançou uma modernização econômica, social, cultural e política sem precedentes na história”, declarou Dilma, elogiando a rapidez com que o país se tornou a segunda maior economia do mundo e um líder em inovação tecnológica, educação e ciência. Para ela, esse avanço notável serve de modelo para outros países em
O desenvolvimento chinês como inspiração para o Sul
Dilma Rousseff destacou que o modelo chinês pode ser uma referência para países do Sul Global, incluindo o Brasil, ao demonstrar que é possível seguir um caminho alternativo de crescimento econômico e desenvolvimento político e social. “A China mostra que outro modelo de crescimento é viável”, afirmou, demonstrando que as estratégias inovadoras pelo país asiático podem ser adaptadas para nações que enfrentam desafios semelhantes. Além disso, ela elogiou o sucesso chinês em retirar milhões de pessoas da pobreza e enfatizou a relevância de um desenvolvimento focado no bem-estar
Um futuro
Outro ponto de destaque nas declarações de Dilma foi o conceito proposto pelo presidente chinês Xi Jinping de uma “comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”. Segundo Rousseff, essa abordagem inovadora para a governança global, baseada na cooperação e benefício mútuo, contraste com práticas protecionistas e avaliações unilaterais
Dilma também investiu na Iniciativa do Cinturão e Rota, que busca conectar a Ásia, a Europa e a África por meio de grandes obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias e portos. Ela enxerga a iniciativa como um marco crucial para fortalecer laços entre as nações em áreas como ciência, tecnologia e educação
Relações Brasil-China: uma parceria sólida
As relações entre Brasil e China, que completaram 50 anos em agosto de 2023, também foram um tema central da entrevista. Dilma lembrou as mensagens trocadas entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, nas quais Xi se referiu aos dois países como “bons amigos e parceiros que avançam de mãos dadas”. Para Dilma, a parceria sino-brasileira é marcada pelo respeito mútuo e por uma cooperação baseada na igualdade entre as nações. “Nos tratamos como iguais, algo raro nas relações internacionais”, desta
Dilma também destacou que a China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 e ressaltou a importância dos investimentos chineses em setores estratégicos brasileiros, como infraestrutura e energia. Ela pediu ainda a colaboração entre os dois países em fóruns internacionais sobre meio ambiente, especialmente na defesa de energias alternativas e no combate às mudanças climáticas, como um aspecto essenc
Compromisso com o futuro das relações sino-brasileiras
Ao ser agraciada com a Medalha da Amizade, Dilma Rousseff reiterou seu compromisso de continuar promovendo a cooperação entre China e Brasil nas próximas décadas. “Estou comprometido em contribuir para que essa relação de amizade, cooperação e benefício mútuo perdure por este século e além”, afirmou, reforçando o desejo de ver os dois países trabalhando
Essa homenagem a Dilma Rousseff não apenas celebra sua contribuição às relações bilaterais, mas também reflete a intenção de ambos os países de aprofundar ainda mais suas parcerias em áreas econômicas, políticas e culturais. A condecoração simboliza a importância do Brasil como parceiro estratégico da China na América Latina, enquanto Dilma se compromete a continuar atuando pelo crescimento e desenvolvimento mútuo das nações.