Uma esquerda mais de centro, uma direita dividida
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, vai cair para cima. Lula a escalará para um posto de visibilidade dentro do governo, embora por enquanto ainda não saiba qual.
O próximo presidente do PT será o atual prefeito de Araraquara, no interior de São Paulo, Edson Antonio da Silva, mais conhecido como Edinho Silva, sociólogo e homem da confiança de Lula.
Edinho foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no segundo governo da presidente Dilma Rousseff. Governa Araraquara pela quarta vez.
No último dia 6, a candidata de Edinho a prefeita, Eliana Honain (PT), para surpresa dele e do partido, perdeu a eleição para o candidato do PL apoiado por Bolsonaro, Dr. Lapena.
Lula e Edinho são amigos de longa data. Edinho já foi deputado estadual. Em 2007, elegeu-se presidente do PT no estado de São Paulo e reelegeu-se com mais de 90% dos votos válidos.
Na primeira vez que se elegeu presidente da República em 2022, Lula aproveitou uma reunião ministerial para fazer um desabafo. Cito de memória o que ele disse:
– Toda vez que fui pela esquerda, me dei mal.
Lula quer um PT menos inclinado para a esquerda e mais para o centro. Reposicionar o PT é a tarefa que caberá a Edinho. A eleição presidencial de 2026 está ao alcance da vista.
A deste ano só trouxe até aqui más notícias para Lula devido ao fraco desempenho do PT e dos demais partidos de esquerda. A única notícia boa atende pelo nome de Pablo Marçal.
Se não for punido pela justiça, Marçal será candidato a presidente daqui a dois anos ou a governador de São Paulo. Lula torce para que ele concorra à presidência porque assim dividiria a direita.