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“Brasil vai explorar todas as possibilidades de trazer empresas chinesas”, afirma Haddad

Fernando Haddad em Nova York (Foto: Diogo Zacarias / MF)

Ministro destacou parceria estratégica com a China e citou geração de empregos no país

247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro está empenhado em atrair empresas chinesas ao país, destacando a parceria estratégica com a China. Durante entrevista à emissora CNBC, exibida no domingo (17), ele mencionou a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil nesta semana como marco de cooperação econômica. “A China é o maior parceiro comercial do Brasil. O presidente Xi vem ao Brasil exatamente para fazer um acordo estratégico”, afirmou Haddad. Ele ressaltou que o Brasil está pronto para explorar todas as possibilidades, com foco na geração de empregos. “Eles têm uma Rota da Seda, uma visão de desenvolvimento global, e querem ser parceiros do Brasil”, completou.

Haddad detalhou os setores que podem ser beneficiados pela cooperação, citando construtoras chinesas em licitações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a vinda de montadoras chinesas ao Brasil. Além disso, destacou a possibilidade de produzir painéis solares em território nacional. “A China detém tecnologia em áreas estratégicas que nos interessam. Tem uma gama de possibilidades a ser explorada”, afirmou. A iniciativa faz parte da estratégia do governo de expandir a participação chinesa em projetos que impulsionem o desenvolvimento sustentável e industrial do país.

O ministro também defendeu a autonomia econômica do Brasil, evitando uma dependência exclusiva de qualquer bloco econômico. Ele argumentou que o país deve manter relações comerciais diversificadas com a China, a União Europeia e os Estados Unidos. “Por que o Brasil, do tamanho que ele é, teria que se associar a um desses três blocos econômicos?”, questionou. Segundo Haddad, o Brasil deve aproveitar suas complementaridades econômicas com diferentes parceiros. “Nós exportamos para os Estados Unidos e não exportamos para a China. O Brasil não precisa e não deve ser um satélite de uma economia maior”, concluiu.

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