Na distribuição por raça/cor, a pesquisa levantou que 55% das crianças são negras. Desagregando essa análise por estrato socioeconômico do Critério Brasil observa-se que a proporção de crianças negras é maior na classe DE (69,8%). Na classe A, essa proporção é de 26,4%. Grande parte dessas crianças (72%) viviam em domicílios de arranjo familiar tipo casal com filhos, seguido do arranjo monoparental feminino (19,5%).
Escolaridade
Na educação, foi observado que 67,5% das crianças no DF frequentavam creche ou escola no momento de realização da Pdad 2021. As regiões administrativas (RAs) com os maiores percentuais de crianças frequentando uma instituição de ensino formal (creche ou escola) foram Lago Sul (76,7%) e Guará (76,1%). Já as com os menores percentuais foram Sol Nascente/Pôr do Sol (56,5%) e Riacho Fundo (56,8%).
A rede pública de ensino é a mais utilizada entre as crianças (71,1%). Cerca de 22% delas estudavam fora da RA de seu domicílio. Quanto ao meio de transporte mais utilizado para se deslocar à instituição de ensino, 29% das crianças vão para escola ou creche de automóvel, 11,9% vão de escolar privado, enquanto 7,9% se deslocam de ônibus e 6,4%, de escolar público.
Saúde
No Distrito Federal, 71,7% das crianças não possuem plano de saúde. Na classe A, esse número é apenas 13,7%, enquanto na classe DE é 97,8%. As unidades básicas de saúde (UBSs) foram o serviço mais procurado quando as crianças tiveram necessidade de atendimento de saúde (42%). O segundo serviço mais procurado foi consultório particular/clínica privada (13,1%) e o terceiro, farmácia (9%).
Acesso à internet
A conectividade é algo presente na vida do público infantil analisado. A pesquisa mostra que 99,25% das crianças acessaram a internet pelo menos duas vezes por semana, nos três meses anteriores à realização da Pdad 2021. A maioria dos acessos foi para fins educacionais (65,2%), seguido de cultura e lazer (19,3%), informações (4,5%) e comunicação (0,6%).
Alimentação
Sobre segurança alimentar e nutricional, 64,5% das crianças no DF estavam em situação de segurança alimentar; 20,4%, em insegurança alimentar leve; 5,1%, em insegurança alimentar moderada e 6%, em insegurança alimentar grave. Enquanto 72% das crianças não negras estão em situação de segurança alimentar, esse percentual é de 60,2% entre as crianças negras.
*Com informações Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)