O ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por suspeita de atuar como instigador ou autor intelectual dos atos golpistas
A Polícia Federal marcou a oitiva após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado ordenou que o ex-presidente preste depoimento no âmbito do Inquérito (INQ) 4921, aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A solicitação para que Bolsonaro seja ouvido foi apresentada pela PGR poucos dias depois dos atos, mas não havia sido apreciada pelo ministro porque o ex-mandatário estava fora do país desde 30 de dezembro.
Com seu retorno ao Brasil, em 30 de março, a audiência foi marcada. O ministro Alexandre de Moraes considera a medida “indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados”. Bolsonaro virou um dos alvos do inquérito após compartilhar, em 10 de janeiro, publicação em que a regularidade das eleições era questionada. Apesar de ter apagado o post no mesmo dia, a PGR acusou o ex-presidente de incitar a perpetração de crimes contra o Estado de Direito ao propagar o vídeo.
Investigação por atos golpistas
Bolsonaro foi incluído na investigação que apura a invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, com depredação do patrimônio público, no início de janeiro.