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Batuqueiras ComVida: projeto de arteterapia está com inscrições abertas no DF; saiba como participar

Grupo de percussão popular Batuqueiras é formado por cinco mulheres. — Foto: Alice Lira/Cinese Audiovisual

Por Fernanda Bastos, g1 DF

Arte, música e terapia. O projeto Batuqueiras ComVida propõe realização de oficinas de arteterapia no Distrito Federal para meninas a partir dos 12 anos e mulheres da capital.

O projeto conta com rodas de conversa, meditação e exercícios de expressão teatral, além das oficinas de percussão e arteterapia. Ritmos como maracatu, coco e ciranda vão fazer parte das atividades.

As oficinas serão realizadas na Casa Kaluanã, no Mercado Sul de Taguatinga. As inscrições são gratuitas e ficam abertas até dia 5 de maio.

 

As oficinas serão nos quatro sábados de maio (veja programação completa ao final da reportagem) e as vagas são limitadas: 30 pessoas cada.

Ao final de cada oficina, o grupo Batuqueiras e outras sete artistas do Distrito Federal convidadas vão realizar apresentações para as participantes. As artistas convidadas são Mestra Martinha do Coco, Lília Diniz, Thabata Lorena, Luciana Meireles, Shaira, Maísa Arantes e Mariana Vasconcelos.

‘Harmonia de mulheres brincantes’

 

A proposta das oficinas, criada em 2016, é organizada pelo Batuqueiras, grupo de percussão de música popular brasileira e de ritmos do oeste da África, formado por Fernanda Rosa, Layza Christiane, Lirys Catharina, Mirella Dias e Tay Estrela. Segundo elas, o grupo foi criado com a ideia da transmissão da cultura popular.

“Batuqueiras vem da premissa da educação popular, da pedagogia, da transmissão de conhecimento através da oralidade usando a música e as brincadeiras populares para isso. Para mim, o grupo Batuqueiras, é uma harmonia de mulheres brincantes e musicistas do DF, é importante para perpetuar as manifestações populares”, diz a produtora e musicista Mirella Dias

 

Este ano, pela primeira vez, o projeto Batuqueiras ComVida conta com o suporte do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Ao todo, desde a sua criação, a iniciativa já atendeu cerca de 100 mulheres.

“Sempre foi um cerne do projeto Batuqueiras juntar diálogo, mulheres e músicas. Em 2023, estamos trazendo questões com um olhar mais voltado para arteterapia”, destaca Mirella Dias.

 

O que é arteterapia?

 

A professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília (UnB) Grasiele Silveira Tavares, explica que a arteterapia é uma das práticas integrativas liberadas para o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

“A arteterapia vai priorizar o uso de recursos artísticos para expressão dos indivíduos, como atividades plásticas, de pintura, cênicas, teatrais. O uso delas traz para o ser humano uma possibilidade de expressão que vai além da expressão verbal”, diz a especialista.

 

A arteterapia pode ser realizada em grupo ou individualmente, com a orientação de um arteterapeuta habilitado. Segundo a professora, que também é arteterapeuta, o curso para se especializar exige cerca de um ano e meio de encontros e estudos.

Pintura, música, desenho, dança, canto são alguns dos tipos de arteterapia que podem ser utilizados, de acordo com Tavares.

A música para a saúde das mulheres

 

“Trabalhar o lugar do feminino, o acolhimento e uma nova forma de expressão”. A professora Grasiele Silveira Tavares destaca que a arteterapia na saúde das mulheres é um “recurso muito potente” e que a música permite o acesso à memória afetiva.

“A música tem potencial do ritmo, da cadência, que afeta as questões da nossa memória e esses conflitos internos podem ser resolvidos. As notas musicais atravessam nossas células corporais e vão nos atingindo num processo vibratório. Não existe como escutar uma música e não ter uma relação com o corpo”, diz a especialista.

 

Para a produtora e musicista Mirella Dias, o projeto vem para integrar diálogo e música, no entanto promove o autoconhecimento e um olhar para si em muitas participantes.

“As mulheres por si já fazem muitas coisas, muitas são artistas e nem sabem disso. Quando a gente se reúne para falar das coisas femininas e agrega instrumentos musicais, ritmo dança, as mulheres se completam, a música traz essa completude”, afirma.

Programe-se

 

6 de maio

  • 14h às 16h: Oficina Vivencial Expressão Básica – com Batuqueiras e Shaira
  • 16h às 18h: Oficina Vivencial Expressão Criativa – com Batuqueiras e Luciana Meireles

 

13 de maio

  • 14h às 16h: Oficina Vivencial Expressão Solar – com Batuqueiras e Lília Diniz
  • 16h às 18h: Oficina Vivencial Expressão Viva – com Batuqueiras e Thabata Lorena

 

20 de maio

  • 14h às 16h: Oficina Vivencial Expressão Vocal – com Batuqueiras e Maísa Arantes
  • 16h às 18h: Oficina Vivencial Expressão Plena – com Batuqueiras e Mariana Vasconcelos

 

27 de maio

  • 15h às 17h: Oficina Vivencial Expressão Total – com Batuqueiras e Mestra Martinha do Coco
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