O mês de julho é dedicado mundialmente ao Orgulho LGBTQIAP+. O período é destinado a celebrar as conquistas de pessoas gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, pessoas intersexo, assexuais e demais categorias, além das manifestações por respeito e direitos iguais da comunidade. O universo das séries não está indiferente a essas questões e shows como Heartstopper (Netflix), Pose (Netflix) e Com Amor, Victor (Star+) são referências de representatividade.
Neta lista do TechTudo, você confere as séries que abordam a diversidade sexual e de gênero em suas temáticas e valem a pena assistir. Todos os títulos estão disponíveis nas plataformas Amazon Prime Video, HBO Max, Netflix e Star+. Em cada dica há informações sobre elenco, enredo e repercussão do público e crítica.
Com Amor, Victor dá continuidade às histórias amorosas dos personagens de Com Amor, Simon — Foto: Reprodução/JustWatch
Manhãs de Setembro (Prime Video)
Começamos a lista com uma produção nacional exclusiva do Prime Video. Manhãs de Setembro é protagonizada pela cantora Liniker em seu primeiro papel como protagonista em uma série. A produção ainda conta com os atores Thomás Aquino (Bacurau), Karine Teles (Que Horas Ela Volta), Seu Jorge (Medida Provisória), Gero Camilo (Cine Holliúdy) e mais. Vale lembrar que o título da série faz referência à musica homônima da cantora Vanusa (1947 – 2020).
Cassandra (Liniker) é uma mulher trans que trabalha como entregadora de aplicativo durante o dia e cantora à noite. Ela conseguiu independência financeira e está morando em uma quitinete em São Paulo. Porém, é surpreendida quando reencontra Leide (Karine Teles), uma mulher com quem a cantora teve um relacionamento 10 anos antes de sua transição de gênero. A moça está acompanhada de um garoto chamado Gersinho, que supostamente é filho de Cassandra. Manhãs de Setembro tem nota 7,5 no IMDb e 92% de aprovação do público no Rotten Tomatoes.
Manhãs de Setembro é protagonizado pela cantora e atriz Liniker — Foto: Reprodução/JustWatch
The L Word – Geração Q (Prime Video)
Lançada em janeiro de 2004, a série americana-canadense The L Word foi uma das primeiras produções televisivas a ter como protagonistas mulheres lésbicas e bissexuais. O sucesso e o pioneirismo da produção favoreceu uma sequência em 2019. The L Word: Generation Q retornou ao Prime Video com novas histórias, mas o mesmo protagonismo das atrizes Jennifer Beals (Flashdance), Leisha Hailey (Sobrenatural) e Kate Moennig (12 Horas).
Bette Porter (Beals), Alice Pieszecki (Hailey) e Shane McCutcheon (Moennig) são três amigas lésbicas que vivem em Los Angeles há anos. Já experientes no amor, o trio de amigas faz amizade com um grupo de pessoas jovens da comunidade LGBTQIA+. Com isso, novas experiências sobre paixão, amizade, sexo e outras questões íntimas mudam a vida das protagonistas. The L Word: Geração Q tem nota 7,5 no IMDb e 78% de aprovação do público no Rotten Tomatoes.
The L Word – Geração Q é uma sequencia da série americana-canadense exibida em 2004 — Foto: Reprodução/JustWatch
Heartstopper (Netflix)
Série revelação da Netflix em 2022 e com segunda temporada confirmada para o agosto desse ano, Heartstopper conquistou espectadores em todo o mundo com um romance adolescente cativante. Baseado na série graphic novel da autora Alice Oseman, a série conta com os atores Joe Locke, Kit Connor (Rocketman), Olivia Coleman (Meu Pai) e Yasmin Finney (Doctor Who).
Charlie Spring (Locke) é um adolescente que está em processo de descoberta. No colegial, ele faz amizade com o novato Nick Nelson (Connor), um jovem que se considera heterossexual. Porém, o relacionamento cada vez mais próximo com Charlie faz Nick rever seus conceitos. A série conquistou nota 8,7 no IMDb e aprovação máxima de 100% entre a crítica no Rotten Tomatoes, além de 96% na votação do público.
Heartstopper foi renovada para sua segunda temporada e, em breve, deve chegar ao catálogo da Netflix — Foto: Divulgação/Netflix
Uncoupled (Netflix)
Conhecido pelo papel do mulherengo Barney Stinson em Como Conheci Sua Mãe, Neil Patrick Harris é o protagonista de Uncoupled, série de comédia dramática da Netflix. O astro ainda divide o protagonismo com Tisha Campbell (a Jay em Eu, A Patroa e As Crianças), Tuc Watkins (A Múmia), Marcia Gay Harden (O Nevoeiro), Brooks Ashmanskas (The Good Wife), e mais.
Michael (Harris) é um corretor de imóveis que está abalado com o término de seu relacionamento com Colin McKenna (Tuc Watkins), juntos por 17 anos. Na casa dos 40 anos, ele usa da solteirice não-programada para reavaliar sua vida e seus relacionamentos como um homem gay morando em Nova Iorque. No IMDb, o show possui nota 7, já no Rotten Tomatoes, as aprovações são de 73% (crítica, selo “Fresco”) e 76% (público).
Após o sucesso em How I Met Your Mother, Neil Patrick Harris é o protagonista de comédia sobre um homem gay solteiro de quarenta anos — Foto: Reprodução/JustWatch
Euphoria (HBO Max)
Um dos fenômenos de audiência do HBO Max é a série Euphoria, remake de uma produção israelense homônima. A nova versão ficou consagrada ao ganhar nove prêmios Primetime Emmy, além do Globo de Ouro de Melhor Atriz para Zendaya (franquia Homem-Aranha do Universo Marvel). O show conta com o elenco de Hunter Schafer (Belle), Jacob Elordi (A Barraca do Beijo), Sydney Sweeney (The White Lotus) e Barbie Ferreira (Não! Não Olhe!).
A história acompanha a rotina de um grupo de amigas desajustadas no colegial. Rue (Zendaya) é uma adolescente viciada em heroína. Jules (Schafer) é uma garota trans com dificuldades em se socializar. Nate (Elordi) é um atleta de colégio que usa da hostilidade para camuflar questões internas. Cassie (Sweeney) é julgada por conta de sua vida sexual. E Kat (Ferrera) passa por cima das piadas sobre seu peso com o propósito de explorar sua sexualidade. O show tem nota 8,4 no IMDb, enquanto no Rotten Tomatoes as aprovações são de 80% pela crítica e 84% na votação a audiência.
Jules (Hunter Schafer) e Rue (Zendaya) são protagonistas de Euphoria — Foto: Reprodução/IMDB
Com amor, Victor (Star+)
Depois do sucesso do filme Com Amor, Simon (2018), o Star+ decidiu investir na série spin-off Com amor, Victor. Inspirada no romance Simon vs. the Homo Sapiens Agenda, da autora Becky Albertalli, a sequência foca na adolescência do personagem Victor Salazar, um adolescente latino interpretado por Michael Cimino (Annabelle 3: De Volta Para Casa). Ainda estão no elenco Mason Gooding (Pânico 6), Bebe Wood (A Família do Ano), Anthony Turpel (This Is Us) e Nick Robinson (Jurassic World).
No mesmo universo do filme Com Amor, Simon, conhecemos o protagonista Victor Salazar (Cimino). O jovem também está em fase de descoberta sobre sua sexualidade e tem medo de admitir em público que é gay. Para lidar com os problemas familiares e escolares, Victor resolve contatar Simon Spier (Robinson) e lhe pedir uma orientação. A série spin-off possui nota 8 no IMDb. No Rotten Tomatoes, a recepção da crítica está em 92%, enquanto entre o público a média é 83%.
Com Amor, Victor é baseado no romance de Becky Albertalli — Foto: Reprodução/JustWatch
Queer Eye: Brasil (Netflix)
Queer Eye: Brasil é a versão brasileira do reality show da Netflix Queer Eye, que por sua vez é um reboot da série Queer Eye For The Straight Guy (2003 -2007). Na versão brasileira, a equipe de “cinco fabulosos” propõem aconselhamentos que vão além da moda e beleza, como era o padrão da primeira versão de Queer Eye.
Guto Requena, Yohan Nicolas, Rica Benozzati, Luca Scarpelli e o ex-BBB Fred Nicácio oferecem ensinamentos valiosos sobre qualdiade de vida e bem-estar. Na primeira temporada, os fabulosos aconselham uma assessora viciada em trabalho a curtir a vida, além de ajudarem um pai que perdeu a esposa para o câncer. O reality show possui nota 7,8 no IMDb.
Queer Eye Brasil conta com os cinco fabulosos Guto, Yohan, Rica, Luca e Fred — Foto: Reprodução/JustWatch
Pose (Netflix)
A vida noturna das discotecas e bailes LGBT nos anos 1980 é retratada na série Pose, criada por Ryan Murphy (Glee). A produção exclusiva da Netflix ganhou quatro prêmios Emmy, incluindo o de Melhor Ator em uma Série de Drama para Billy Porter (Cinderela). O show ainda tem no elenco Michaela Jaé (MJ) Rodriguez (Fortuna), Dominique Jackson (Clube da Luta para Mulheres), Angel Bismark Curiel (Monstros e Homens), Indya Moore (Queen & Slim) e Hailie Sahar (Equal).
A trama se passa em 1987, em Nova Iorque. Após anos frequentando boates badaladas na região, Blanca (Rodriguez) finalmente abre sua própria casa voltada ao acolhimento do público LGBTQIA+. O que ela não imaginava é que se tornaria uma referência na cultura de ballrooms enquanto tenta conquistar seu próprio salão de beleza e a epidemia de AIDS atinge a comunidade. Pose conquistou nota 8,7 no IMDb e aprovações de 98% (crítica) e 88% (público) no Rotten Tomatoes.
Pose se passa nos anos 1980, em uma boate voltada ao público LGBTQIA+ — Foto: Reprodução/JustWatch
Veneno (HBO Max)
Pouco conhecida no Brasil, mas considerada uma estrela na Espanha, a apresentadora e modelo Cristina Ortiz “La Veneno” ainda continua influente no país europeu mesmo após sua morte, em 2016. A minissérie biográfica do HBO Max vai da origem até o falecimento da artista, onde o público acompanha a jornada da artista que saiu das ruas direto para as câmeras de TV. Isabel Torres (Fotos), Daniela Santiago (Mães Paralelas), Lola Rodríguez (Bem-vindos ao Éden) e Delia Rawdon (Starf*cker) são alguns nomes do elenco.
A vida e obra de artista Cristina “La Veneno” é retratada desde o período de transição (interpretada por Jedet Sánchez), passando pelos primeiros trabalhos na televisão (papel de Daniela Santiago), indo até os momentos finais de sua carreira (Torres, nesta fase). Pessoas que tiveram destaque na vida de Veneno também ganham destaque, como colegas de emissora e outras artistas trans. Veneno tem nota 8,7 no IMDb.
Série biográfica da HBO Max conta a história da atriz e modelo La Veneno, ícone da cultura LGBTQIA+ na Espanha — Foto: Reprodução/JustWatch
Crônicas de San Francisco (Netflix)
Em 1993, a minissérie americana Tales of the City fez sucesso (mas sem deixar de causar polêmica) ao retratar, sem censura, temas como homossexualidade, uso de drogas, nudez e a disseminação da AIDS. Décadas depois, a Netflix resolveu dar continuidade ao seriado, com o retorno dos mesmos personagens interpretados por Laura Linney (Aquela Doença com C), Paul Gross (Relatos de Guerra) e Olympia Dukakis (Flores de Aço), além da adição de Elliot Page (The Umbrella Academy) e Charlie Barnett (Boneca Russa).
Mary Ann Singleton (Linney) retorna à cidade de San Francisco após 20 anos. Ela busca se reconciliar com a filha Shawna (Page, antes da transição) e o ex-marido Brian (Gross). Mary também quer reencontrar Anna Madrigal (Dukakis), uma idosa trans de 90 anos que decidiu abrigar em sua casa jovens de diferentes orientações sexuais e gêneros. A produção tem nota 7,4 no IMDb e aprovações de 82% (crítica) e 73% (público) no Rotten Tomatoes.
Em Crônicas de São Francisco, uma idosa trans acolhe pessoas de diversas categorias da comunidade LGBTQIA+ em sua casa — Foto: Reprodução/JustWatch
Com informações de Gay Times, IMDb, Mashable, Rotten Tomatoes