A instituição disse que uma reforma tributária tem o potencial de aumentar o PIB em 12% a 20% em até 15 anos. É um valor de R$ 1,2 trilhão a mais circulando na economia, afirmou
A Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) lançou nesta quinta-feira (6) um manifesto em defesa do texto da reforma tributária que está sendo analisada na Câmara dos Deputados. De acordo com a Fiesp, entidade diz que todos os setores econômicos e sociais vão ganhar se o país tiver um sistema tributário racional.
Assinam o manifesto entidades industriais como a Abipeças (Associação Brasileira da Indústria de Autopeças), a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo).
O documento da Fiesp foi divulgado em um contexto no qual o governo Lula negocia novos investimentos Está prevista para esta semana a retomada do Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial (CNDI). A Volkswagen anunciou nesta terça-feira (4) planos de investir 1 bilhão de euros (R$ 5,65 bilhões) no País até 2026. No mesmo dia, a montadora chinesa BYD (Build Your Dreams) divulgou que pretende investir cerca de R$ 3 bilhões na primeira fase de operação de uma fábrica produção de veículos elétricos.
No semestre passado, o governo federal lançou um programa que prevê R$ 1,5 bilhão em investimentos para estimular o consumo de carros. Pelo projeto, automóveis com valores de até R$ 120 mil terão desconto de R$ 2 mil a até R$ 8 mil. Ao todo, 28 montadoras aceitaram participar do projeto para a produção de carros com preços mais baixos. Foram nove montadoras de carros, dez de caminhões e nove de ônibus.
Façamos do Brasil o país que todos almejam
O Brasil tem pressa. Precisa de mais investimentos, mais inovação, menos burocracia, ser mais competitivo, mais eficiente, criar melhores empregos para desenvolver-se e garantir o bem-estar de todos. Tais objetivos exigem uma reforma tributária abrangente, homogênea e moderna.
O caminho a seguir, em conformidade com as melhores práticas internacionais, recomenda alinhamento aos 90% dos países do mundo que adotam o imposto sobre o valor adicionado para todos os setores, desonerando as exportações e os investimentos, além de valorizar a produção, o comércio e os serviços.
Apoiamos com convicção essa causa porque ela é boa e necessária para o país. A aprovação da reforma tributária dos impostos sobre o consumo, numa primeira etapa, tem o potencial de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 12% a 20% em até 15 anos, segundo estudos disponíveis. Isso significa, em dinheiro de hoje, R$ 1,2 trilhão a mais circulando na economia.
Um Brasil mais dinâmico, competitivo e rico vai emergir, incentivando o crescimento alavancado pelo fim da tributação em cascata e outras práticas nocivas ao desenvolvimento.
Todos os setores econômicos e sociais vão ganhar se o país tiver um sistema tributário racional —o que há muitos anos deixou de existir. O tempo e os recursos desperdiçados com a burocracia dos impostos poderão ser investidos de maneira mais produtiva.
As empresas optantes do Simples continuarão nesse sistema. No caso do setor de serviços, essas empresas constituem a grande maioria.
Para superar os principais desafios e ter um país próspero, justo e solidário, os brasileiros precisam abraçar a causa que é de todos.
Chega de perder oportunidades! Façamos do Brasil o país que todos almejam!
As entidades abaixo assinadas representam atividades que geram milhões de empregos e respondem pela maior parte da arrecadação de impostos no país. Elas manifestam o seu apoio à reforma tributária em tramitação na Câmara Federal, com a expectativa de sua aprovação.
Veja algumas entidades que assinam a carta:
- Abicab (Associação Brasileira da Indústria Chocolates, Cacau, Balas e Derivados)
- Abipeças (Associação Brasileira da Indústria de Autopeças)
- Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos)
- Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação)
- Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)
- Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico)
- Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica)
- Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária)
- Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos)
- Abimetal (Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço)
- Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção)
- Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)
- Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados)
- Abre (Associação Brasileira de Embalagem)
- Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores)
- Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento)
- Instituto Aço Brasil
- Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial)
- Sinbevidros (Sindicato da Indústria de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de São Paulo)
- Sindleite (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo)
- Simabesp (Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo)
- Sinprocim (Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo)
- Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo)
- Sinproquim (Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica do Estado de São Paulo)
- Sitivesp (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes no Estado de São Paulo)
- Sindicafé-SP (Sindicato da Indústria do Café do Estado de São Paulo)
- Sindustrigo (Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo)
- Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores)
- Sindicato Nacional da Indústria do Aço