Pessoas diversas, muita cor e pautas políticas vão percorrer o centro de Brasília na 24ª Parada do Orgulho LGBTQIA+, neste domingo (9). A concentração é em frente ao Congresso Nacional, a partir das 14h.
O evento conta com quatro trios elétricos, sendo um exclusivo do Núcleo das Lésbicas. A caminhada será aberta por um grupo de indígenas LGBTQIA+.
A parada vai contar também com pessoas LGBTQIA+ refugiadas, com apoio da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O dramaturgo, jornalista e ativista LGBTQIA+ Alexandre Ribondi vai ser homenageado no evento.
Ribondi, que morreu em 11 de junho passado, foi um dos fundadores do grupo Beijo Livre, o primeiro coletivo de ativismo gay no Distrito Federal, criado em 1979.
Percurso da Parada do Orgulho LGBTQIA+
O percurso da parada começa no gramado em frente ao Congresso Nacional, inclui ida à Torre de TV e via N1, e termina no Museu da República por volta das 22h. Organizador do evento há 23 anos, o co-coordenador da parada, Welton Trindade, destaca a relevância do evento realizado no centro político do país.
“Importância dupla: levar mensagem de respeito e cidadania para a sociedade e fortalecer a autoestima, o sentido de comunidade e a politização de LGBT”, diz Welton.
Criada em 1998, esta é a terceira Parada do Orgulho LGBTQIA+ mais antiga do Brasil. Em 2022, a parada chegou a ter 100 mil participantes.
Em 2020 e 2021, a caminhada não foi realizada por conta da pandemia da Covid-19. Neste ano, a parada promete também ser a primeira zero carbono do Brasil. Uma consultoria especializada vai contabilizar todo o carbono gerado durante o evento e qual o número exato de árvores que deverão ser plantadas no Distrito Federal para mitigar o impacto ambiental causado.
Uma história de amor e acolhimento
André Barros busca trazer liberdade e representatividade com o look da parada. — Foto: Divulgação/Redes sociais
Desde os 18 anos, o social media e fotógrafo André Barros, não perde nenhuma edição da parada LGBTQIA+ em Brasília. A única que deixou de ir foi por conta de uma viagem. “Não pensei que pudesse estar viajando e ficar triste ao mesmo tempo. Eu gosto muito do movimento”, diz.
Aos 31 anos, André explica que enxerga a Parada do Orgulho como um momento de liberdade e acolhimento.
“É onde os olhares atravessados não atravessam, porque a gente se sente blindado por tá rodeado de muito amor e cor. Eu sempre me sinto muito fortalecido porque, além de ser um momento que tem a reivindicação de direitos, tem cultura, tem a parte do acolhimento que é mega importante!”, diz André.
Para aproveitar o evento, o planejamento começa quatro dias antes, segundo André. O objetivo do look é passar a mensagem de amor e liberdade. “Muito glitter! Muita água e, claro, as bandeiras em mão para representar.”
O jovem, que destaca que a parada traz visibilidade para gerar respeito, dá dicas para quem vai ao evento pela primeira vez e lembra da questão da segurança.
“A dica que eu sempre dou é tentar ir com o máximo de conhecidos possível – o famoso sair de bonde –, pois é um dia que também ficamos muito expostos a maldade dos que são contra o amor! E também ter os cuidados dentro da parada para não ofender e machucar as pessoas, pois somos diversos.”
Transporte para o evento
O Metrô-DF vai expandir o horário de funcionamento das estações no dia da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no Distrito Federal. Os trens, que aos domingos operam das 7h às 19h, vão funcionar até 22h30.
Confira os detalhes do funcionamento do metrô:
🚈 Até 19h: embarque e desembarque em todas as estações;
🚈 Das 19h às 22h30: embarque somente na estação Central e desembarque em todas as estações.
As linhas de ônibus do Distrito Federal, que passam ou vão para a Rodoviária do Plano Piloto, serão reforçadas no domingo também. As viagens extras serão realizadas de acordo com a demanda do público, principalmente ao término do evento, que está previsto para as 22h.
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Parada do Orgulho LGBTQIA+
- Data: Domingo (9)
- Horário: 14h
- Local: gramado em frente ao Congresso Nacional