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Lula retorna de viagens disposto a fechar sua primeira reforma ministerial

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de cúpula Celac-UE, em Bruxelas, na Bélgica (Foto: REUTERS/Johanna Geron)

PP e Republicanos serão incorporados à base do governo no Congresso

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está retornando de sua viagem à Europa à África disposto a acelerar as negociações para uma reforma ministerial em resposta à pressão do centrão. O objetivo é consolidar a entrada de parlamentares do PP e do Republicanos no governo, o que vem sendo chamado de uma minirreforma ministerial. O presidente terá a responsabilidade de decidir quais cargos serão oferecidos, e membros do centrão deixaram claro que não aceitarão pastas com baixo orçamento e pouca influência. Até o momento, a única pasta que Lula não pretende negociar é a da Saúde, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

A expectativa é que Lula se reúna com o núcleo duro do Palácio do Planalto, incluindo os ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), para discutir as possibilidades de mudanças na Esplanada dos Ministérios. O presidente precisa se atualizar sobre as conversas que ocorreram durante sua ausência e planejar a reorganização dos ministérios. A previsão é que na próxima semana ele se reúna com lideranças do PP e do Republicanos para dar continuidade às negociações. Há também a possibilidade de um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que também retornou de viagem internacional.

Os aliados de Lula reconhecem que será necessário fazer concessões para acomodar os deputados do centrão. Isso pode envolver a realocação ou demissão de membros do próprio PT, assim como de partidos aliados, como PSB e PC do B. O Palácio do Planalto tem buscado soluções para acomodar as demandas do centrão, incluindo a possibilidade de ceder o Ministério de Portos e Aeroportos ocupado por Márcio França (PSB) ou transferir a ministra Luciana Santos (), do PC do B, para a pasta das Mulheres. No entanto, a pressão por mais ministérios por parte do centrão pode resultar na perda do recorde de participação feminina no governo.

Sem definição oficial – Embora as negociações estejam em andamento, Lula terá a palavra final sobre as mudanças ministeriais. Os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmaram que PP e Republicanos serão “incorporados ao governo”, mas ainda não há uma definição oficial por parte da Presidência. Ainda existem incertezas sobre quais ministérios serão oferecidos, apesar das especulações. O Desenvolvimento Social, por exemplo, foi indicado pelo presidente como um ministério que não está disponível para negociação. A pasta da Saúde também está protegida por enquanto.

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