O Distrito Federal registrou um aumento de 56,8% nos casos de homotransfobia , que é a violência cometida contra a população LGBTQIA+. O levantamento foi obtido pela TV Globo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e avalia o período entre 2020 e 2022.
De acordo com o relatório, em 2020, foram registrados 44 casos na capital. Em 2022, o número saltou para 69.
Apenas no primeiro semestre de 2023, foram registradas 40 ocorrências. Ao todo, foram 220 ocorrências, com 248 vítimas no período.
Das pessoas que procuraram as forças de segurança para registrar o crime, 60,48% são homens. A maioria das vítimas tem entre 25 e 30 anos.
Os dados também mostram as regiões administrativas com o maior número de registros:
- Plano Piloto:28,18%
- Ceilândia: 12,27%
- Taguatinga: 7,27%
Atendimento especializado
No Distrito Federal, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) é responsável por acolher as vítimas e investigar esse tipo de crime. Segundo a delegada Ângela Santos, as vítimas podem ser acolhidas na unidade.
“Atender essa pessoa que nos procura, com uma escuta ativa, e não fazendo julgamento. Com isso a pessoa se sente acolhida e não revitimizada”, diz a investigadora.
O atendimento especializado, segundo a delegada, faz que as vítimas se sintam abertas a procurar a delegacia. “Assim a gente começa a ter uma real noção do número real de crimes no DF. A partir daí, tanto a polícia quanto a Secretaria de Segurança Pública tem como desenvolver políticas contra esse tipo de crime”, explica.
Como denunciar
Pessoas LGBT vítimas de violência podem procurar a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, Orientação Sexual, Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). Além disso, há outros canais na capital para denunciar o ocorrências dessa natureza. Confira:
