Jair Bolsonaro tentou organizar um golpe de estado e foi apontado como chefe de um esquema de roubo de joias
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), saiu em defesa de Jair Bolsonaro, que tentou organizar um golpe de estado e foi apontado como chefe de um esquema de roubo de joias, na noite de ontem. Lira defendeu uma revisão legislativa que garanta a preservação da reputação dos ex-presidentes da República. A proposta surge em meio a alegações de possível venda ilegal de joias por parte de auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro, objeto de investigação atual. Lira, ao ser abordado sobre esse tema, sugeriu a importância de um enquadramento legal que assegure uma qualidade de vida adequada para os ex-chefes de Estado, baseando-se em modelos adotados nos Estados Unidos e em nações consideradas “mais civilizadas”, segundo reportagem de Gustavo Côrtes, no Estado de S. Paulo.
Durante um evento de filiação ao Partido Progressista (PP), onde Arthur Lima, secretário da Casa Civil de São Paulo, oficializou sua entrada na legenda, Lira enfatizou a relevância de proporcionar um “tratamento digno” aos ex-presidentes ao deixarem o cargo máximo da nação. Ele explicou: “A gente tem que ter uma legislação que não proteja nada de errado, mas que dê uma certa qualidade de vida para qualquer ex-presidente quando deixe a Presidência da República. É assim nos Estados Unidos e nos países mais civilizados.”
Apesar de afirmar que não está propondo anistia a crimes, Lira não entrou em detalhes sobre a implementação dessa legislação. Quando questionado sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem já teve aliança política, Lira destacou a necessidade de um tratamento mais adequado aos ex-chefes de Estado, salientando que o tratamento dado atualmente a Bolsonaro não condiz com a estatura da instituição presidencial.
Ao ser pressionado sobre os mecanismos dessa possível legislação, o presidente da Câmara respondeu de maneira pragmática: “Não tenho ideia. Só acho que o tratamento (que tem sido dado a Bolsonaro) não é o tratamento que seja dado à instituição presidente da República.”