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Execução de cachorro: vice-presidente da CLDF pede esclarecimento à PM

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Ricardo Vale (PT), vice-presidente da CLDF, pediu esclarecimentos à PMDF sobre a conduta de militares envolvidos em execução de cachorro

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O deputado distrital Ricardo Vale (PT), vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), protocolou um ofício pedindo esclarecimentos à Polícia Militar do DF (PMDF) sobre a conduta dos militares envolvidos na invasão de uma residência e execução do cachorro da família. A ação policial aconteceu no bairro da Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, nesta quinta-feira (9/11).

“É lamentável que um policial entre em casa alheia sem o consentimento do morador, sob alegações que, ainda que viessem a ser confirmadas – o que não ocorreu – não justificam a violabilidade do domicílio”, indicou o deputado. No documento, o parlamentar afirma que o caso precisa de apuração e punição dos eventuais responsáveis.

Morte do cachorro

A confusão entre policiais militares e moradores acabou com a morte de um cachorro da raça American Bully, de 1 ano e meio. A PMDF queria entrar na casa de uma mulher alegando estar procurando por um suspeito de tráfico de drogas. A moradora negou ao pedido deles, que mesmo assim adentraram e realizaram a busca no domicílio. Uma confusão foi iniciada no local e um dos policiais efetuou um disparo na cabeça do animal. A droga não foi encontrada.

Os policiais monitoravam o bairro, quando avistaram um homem jogando um pacote supostamente com drogas dentro do lote. Os militares, ao chegarem na casa, foram informados pelos moradores que ali estava tudo bem, mas a polícia insistiu que era uma situação de flagrante e entrou no local para averiguar a situação. Durante a busca, um dos policiais se “assustou” com o cachorro da moradora e abriu fogo contra o animal.

Segundo a tutora do cão, Maria Edilene, 48, manicure, Bradock era dócil e não havia esboçado nenhuma reação durante a abordagem. “Não estou conseguindo lidar com nada. Quero justiça! Já registrei ocorrência, mas quero justiça”, disse. “Ele matou um membro da família, um cachorro dócil, carinhoso, nunca avançou em ninguém. Brincava com todas as crianças da rua, e morreu dessa forma tão cruel”, lamentou Maria. “Ele deu um tiro na cabeça do meu cachorro. Ele tinha a intenção de matar”, completou a moradora.

“Na hora, nos disseram que estava procurando um suspeito e que se assustou com o cachorro”, relatou Maria. “A polícia não entra no Lago Sul, não invade uma mansão e mata um cachorro de bacana. Mas por ser comunidade, eles se sentem no poder de chegar e fazer o que querem”, reclamou.

Nota da PMDF

Em nota, a PMDF disse que o policial foi “atacado” pelo cão de grande porte “durante a ocorrência de tráfico de drogas”. E que “para se defender, o policial desferiu um único disparo e alvejou o cão”.

Um boletim de ocorrência foi registrado na 21ª DP (Taguatinga Sul), que investiga o caso.

Nota oficial

“Um policial militar foi atacado por um cão de grande porte durante uma ocorrência de tráfico de drogas nesta quinta-feira (9) por volta das 10h na Vila Cauhy, Núcleo Bandeirante. Para se defender, o policial desferiu um único disparo e alvejou o cão.

A equipe realizava o patrulhamento quando avistou um homem, que ao perceber a aproximação dos policiais, jogou uma porção de drogas dentro de um lote.

Com o objetivo de apreender a droga, um militar adentrou o lote e neste momento foi atacado pelo referido cão. Após o disparo, moradores da região avançaram contra os policiais com o objetivo de libertar o suspeito de tráfico. Foi necessário o apoio de outras Unidades Especializadas da PMDF para conter os ânimos exaltados.

Durante o tumulto, o suspeito conseguiu fugir e ainda não foi localizado. Sete homens e uma mulher foram presos por facilitar a fuga do detido, desacato e desobediência, sendo conduzidos à 21ª Delegacia de Polícia”

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