Com texto vigoroso e poético de Conceição Freitas, publicação narra a trajetória de 15 anos do professor, cantor e musicoterapeuta Alan Cruz
Remédio cura a dor. E música também. Foi com esse pensamento em mente que um jovem baiano teve a ideia de criar o Remédio Musical, um projeto para minimizar a tristeza e sofrimento de quem está hospitalizado tratando de doenças graves. Os 15 anos de trajetória do professor, cantor e musicoterapeuta Alan Cruz resultaram no livro “Cavaleiro Cantante – História do projeto Remédio Musical”, escrito pela jornalista e escritora Conceição Freitas, a ser lançado no dia 28/11 (terça-feira), às 20h, no Teatro Sesc Silvio Barbato, no Setor Comercial Sul, em Brasília/DF.
A história nada tem de protocolar: ela mergulha nas aventuras de seu personagem principal, desde o nascimento (que por pouco não foi na beira do rio) até os dias de hoje. Natural de Livramento de Nossa Senhora, no interior baiano, Alan Cruz vem de família humilde, cresceu numa casa de quatro cômodos, paredes de adobe e chão de terra batida, à beira do rio Brumado. Teve sete irmãos, todos bem pequenos quando quando o pai foi embora. Terceiro dos sete filhos, Alan começou a cantar aos oito anos, na banda dos tios — os Irmãos Sorriso. Na adolescência uma professora o convidou para tocar e cantar na casa de pessoas acamadas. Foi quando ele percebeu que a música traz alívio aos doentes do corpo e da alma.
Alan se mudou para o Distrito Federal em 2005, aos 21 anos, em busca de oportunidades, entre elas a de estudar na renomada Escola de Música de Brasília. Tinha dois sonhos: ganhar a vida como músico e compartilhar sua arte com quem precisasse. E conseguiu. O livro conta a história da concretização desse um sonho, idealizado em 2008, quando começou a cantar, por conta própria, em hospitais, creches e abrigos de idosos do DF.
Alan se formou, tocou e cantou em grandes palcos da cidade, criou o projeto que ganhou destaque na mídia em vários estados. Hoje, supervisiona os músicos do Laboratório Sabin – onde cantou por muitos anos –, faz visitas semanais ao Hospital Universitário de Brasília (HUB), dá aulas de musicalização numa escola particular, leva o Remédio Musical para um abrigo de idosos no Plano Piloto e presta atendimentos particulares a quem precisa de musicoterapia.
O projeto Cavaleiro Cantante tem apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC).