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PSB expulsa irmão do prefeito de Maceió: “Salvo em operação política”

De acordo com PSB, o irmão do prefeito de Maceió só não foi preso por violência doméstica porque foi salvo em “operação política”

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu expulsar o médico João Antonio Holanda Caldas, irmão do prefeito de Maceió, que está envolvido em uma denúncia de violência doméstica. De acordo com nota, o ex-filiado só não foi preso em flagrante por ter sido salvo em uma “operação política”, que “envolveu pressão psicológica contra a vítima e a participação de adversários do nosso partido”.

O homem foi detido após brigar com a noiva, uma cirurgiã-dentista, mas a vítima desistiu de prestar queixa. O partido ainda reforçou que luta pela emancipação das mulheres e não aceita de forma nenhuma ter em seus quadros um filiado que comete violência doméstica.

Prisão de PMs

Controvérsias na denúncia de violência doméstica contra o médico João Antônio Caldas resultaram na prisão de dois integrantes da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) na última terça-feira (21/11). Outro militar foi convocado para prestar esclarecimentos.

Eles são suspeitos de tentar constranger e ter colocado a vítima em situação de vulnerabilidade. A mulher, inesperadamente, desistiu da denúncia após se encontrar com os PMs.

Irmão de João Henrique Caldas (JHC), prefeito da capital alagoana desde 2021, o médico estava trancado no quarto quando os policias chegaram para atender a ocorrência de suposta agressão. Após negociações, ele aceitou ir à delegacia sendo acompanhado por sua mãe, Eudócia Caldas, que é capitã da reserva da PMAL e ex-senadora, além de outros militares.

No entanto, a vítima só compareceu à central de flagrantes cerca de 50 minutos depois do companheiro. O tempo é bem superior ao que normalmente seria necessário para o percurso.

Veja vídeo da chegada dos envolvidos:

Informações apuradas pela coluna indicam que a noiva chegou com militares ligados ao gabinete do prefeito de Maceió. Um deles teria dirigido o carro em que a mulher estava, sendo que não era o responsável pela ocorrência.

Apesar de ter relatado antes ter sido vítima de violência doméstica, a mulher inesperadamente abandonou a versão horas depois. A mudança ocorreu justamente após ela ser acompanhada por essas pessoas ligadas à prefeitura, quando, na verdade, deveria ter sido assistida pelos PMs encarregados da denúncia.

Outros dois militares da guarnição encarregada formalmente pela denúncia já se apresentaram. Eles ficaram presos por 72 horas, conforme aponta o processo disciplinar da corporação. A corregedoria analisa se os policiais colocaram a vítima em perigo ao não custodiar sua ida à delegacia.

O Metrópoles tenta contato com a defesa do médico. O espaço será atualizado com as possíveis respostas.

Ocorrência

Um policial que presenciou os fatos informou à coluna que a guarnição da PM foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica. As supostas agressões teriam ocorrido em um apartamento localizado no bairro de Jatiúca, em Maceió, por volta de 22h25.

“A vítima ligou para denunciar suposta violência doméstica. Chegando ao local, a equipe viu uma porta quebrada e a moça amedrontada. O João estava trancado no quarto, e tivemos que negociar para levá-lo à DP”, explicou.

A coluna teve acesso à gravação em que a vítima denuncia os possíveis crimes. Na ligação, ela afirma que foi “agredida e jogada no chão”.

Por meio de nota, a noiva de João Caldas confirmou que o casal teve um desentendimento, mas negou ter sofrido agressão. “Recentemente, houve um mal entendido entre mim e ele. Quero ressaltar que não sofri qualquer tipo de agressão ou violência por parte dele”, disse Isadora Martins.

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