“Apesar das evidências e provas eloquentes, a maioria do CNJ decidiu revogar os afastamentos cautelares da juíza Gabriela Hardt e do juiz Danilo Pereira”
A decisão do ministro-corregedor do Conselho Nacional de Justiça sobre a gangue da Lava Jato é demolidora.
Nela, Luis Felipe Salomão transcreve trechos impressionantes do relatório da Correição [auditoria] realizada na 13ª Vara da justiça federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região sediado em Porto Alegre.
Apesar das evidências e provas eloquentes, a maioria do CNJ decidiu revogar os afastamentos cautelares da juíza Gabriela Hardt e do juiz Danilo Pereira, mantendo afastados apenas os desembargadores do TRF4 Loraci Flores de Lima e Thompson Flores.
Barroso não se envergonhou com seus argumentos, embora tenha causado vergonha alheia em que o escutava. No quesito ridículo, ele ombreou com um colega patético que disse “votar com o coração”.
Referindo-se ao acordo ilegal e firmado clandestinamente entre procuradores da Lava Jato e agentes do governo dos EUA para desviar entre 2,5 e 6 bilhões de reais para a fundação criada por Deltan e colegas, Barroso disse tratar-se de um “bom acordo” homologado pela juíza. Simplório assim.
“Tereza e eu teremos o imenso prazer em recebê-los para um pequeno coquetel/jantar em nossa casa”, dizia o convite a Moro e Dallagnol.
A vitória no CNJ, ainda que parcial, mostra que a Lava Jato é um câncer ainda em atividade. E suas metástases continuam se espalhando na institucionalidade judicial do país – da primeira instância do judiciário à Suprema Corte.