Alunos de medicina ficam nus e simulam masturbação durante jogo de vôlei feminino
A Universidade Santo Amaro (Unisa) afirmou que identificou e expulsou alunos do curso de medicina que foram gravados seminus simulando masturbação durante um jogo de vôlei feminino. A medida foi anunciada no fim da noite desta segunda-feira (18).
A instituição não informou o número exato de alunos que deixaram a universidade.
O caso ganhou repercussão no domingo (17), após a publicação de um vídeo com a cena nas redes sociais. No entanto, o episódio aconteceu em abril, durante um campeonato universitário. A Polícia Civil investiga o caso.
Por meio de nota, a Unisa disse que tomou conhecimento das “gravíssimas ocorrências” durante a manhã desta segunda-feira (18), ao receber as publicações que estavam circulando pelas redes sociais. A instituição era procurada pelo g1 para falar sobre o assunto desde o domingo (17).
“Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento”, disse a universidade.
A Unisa também informou que levou o caso para as autoridades, que vai colaborar com as investigações e tomar providências cabíveis. Por fim, a universidade repudiou o comportamento dos alunos. Leia a nota completa mais abaixo.
Ministério das Mulheres diz que atitude de alunos de medicina da Unisa em jogo deve ser ‘combatida com rigor da lei’
Calças abaixadas em jogo feminino
Vídeo divulgado nas redes sociais mostra alunos ao fundo com as calças abaixadas simulando uma masturbação — Foto: Reprodução/Redes sociais
Segundo apurado pelo g1, os alunos gravados seminus faziam parte do time de futsal da Unisa e estavam em uma arquibancada. Eles abaixaram as calças enquanto o time de vôlei feminino da instituição jogava contra o time de outra universidade, em São Carlos.
Nas imagens que circulam pelas redes sociais, os estudantes aparecem tocando nas próprias partes íntimas.
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos está investigando a conduta dos estudantes. No entanto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) não detalhou por quais crimes os alunos são investigados.
Além disso, o Ministério da Educação (MEC) notificou a Unisa e deu prazo de 15 dias para a universidade informar quais providências irá adotar diante do caso.
Em uma rede social, o ministro Camilo Santana disse que, caso a Unisa não cumpra com a determinação, poderá responder a um procedimento de supervisão e adoção de medidas disciplinares.
“Repudio veementemente o ocorrido. É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”, escreveu.
Nota da Unisa
“A Universidade Santo Amaro – Unisa informa que, na manhã de hoje, dia 18 de setembro, sua Reitoria tomou conhecimento de publicações em redes sociais divulgadas durante o fim de semana de 16 e 17 de setembro, contendo gravíssimas ocorrências envolvendo alunos do seu curso de Medicina.
De acordo com tais vídeos, alguns alunos, todos do sexo masculino, executaram atos execráveis, ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual, durante competição esportiva envolvendo estudantes de Medicina da Unisa e de outra Universidade, realizada na cidade de São Carlos.
Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento.
Considerando ainda a gravidade dos fatos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis.
A Unisa, Instituição com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores.”