Brilhante orador, coordenador do Prerrogativas é também apontado como um dos nomes do PT para a vaga de vice na chapa de Boulos à prefeitura de São Paulo

Nesta semana, a Globo confirmou uma notícia do DCM que promete sacudir o tabuleiro do primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva: a de que o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, é um dos favoritos para assumir o ministério da Justiça caso as previsões se confirmem e o atual chefe da pasta, Flávio Dino, seja nomeado para a vaga de Rosa Weber, que se aposenta em outubro, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Formado pela PUC-SP, Marco Aurélio liderou o grupo de advogados que denunciou a farsa da Lava Jato e o fato de Lula ter sido vítima, com sua prisão, de ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da chamada República de Curitiba.

Respeitado no meio jurídico, MAC é também responsável, junto com o ministro da Economia, Fernando Haddad, pela aproximação entre Lula e Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB para assumir o cargo de vice na chapa vitoriosa sobre Bolsonaro.

Ele é filiado há 30 anos e se relaciona bem com lideranças históricas do partido como a presidente Gleisi Hoffmann, os deputados Rui Falcão e Emidio de Souza, e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.

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MAC é também citado por setores do partido como um bom nome para assunir a vaga de vice na chapa de Guilherme Boulos, em 2024, caso o PT confirme a intenção de apoiar o deputado do PSOL.

É apontado como alguém que traz o que Boulos precisa: interlocução com setores de classe média e econômico, sem se distanciar do vies da justiça social.

DCM apurou que o entorno de Boulos não enxerga no coordenador do Prerrogativas as qualidades que o partido precisa para enfrentar a mulhara que está se erguendo em torno da candidatura do atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB, que tenta a reeleição.

Mas já tem quem fale que o advogado, brilhante orador, otimista e bem humorado, seria o cara para desestabilizar o atual prefeito no debate das ideias, explorando o pavor que circula entre os correligionários de Nunes – tido como desqualificado, o prefeito, segundo fontes próximas ao palácio do Anhangabaú, é tomado de nervosismo extremo quando confrontado com temas complexos, a ponto de ser acometido pelo branco que assola os estudantes mal preparados diante da folha do vestibular.