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“Maconha é remédio – e não veneno”, diz Sidarta Ribeiro

Sidarta Ribeiro (Foto: Walter Craveiro/Flip/Divulgação)

Neurocientista defende que o tema seja mais debatido no Brasil, sem preconceitos

247 – O neurocientista Sidarta Ribeiro, renomado autor de best-sellers no Brasil, lança seu novo livro, “As flores do bem,” no qual desmistifica o uso da cannabis e a apresenta como uma substância benéfica e terapêutica. “Uma pessoa não morre de overdose de maconha, isso não existe. A maconha não é veneno, é remédio”, diz ele, em entrevista ao jornal O Globo.

Em uma reflexão autobiográfica, Ribeiro discorre sobre a história da maconha, desde seu cultivo na China há 12 mil anos, até a importância de ativistas e pesquisadores na luta por sua legalização. Ele também critica a política de combate às drogas dos Estados Unidos e lista os diversos benefícios da cannabis, indo além do tratamento de doenças, incluindo depressão e câncer.

Ribeiro destaca que a proibição da maconha representa um risco maior do que seu consumo, uma vez que a substância não causa overdoses, ao contrário da guerra às drogas, que pode ser fatal. Ele aponta para a desigualdade no impacto da guerra às drogas, destacando que essa política é, na verdade, uma engrenagem ideológica de guerra contra negros e pobres.

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O autor também enfatiza a importância de uma discussão informada e sem preconceitos sobre a cannabis, defendendo a legalização e um mercado diverso que inclua microempresas e comunidades de favelas afetadas pela guerra às drogas. Ele destaca que a maconha é uma questão multifacetada, devendo ser abordada com consideração às diferentes faixas etárias, destacando os benefícios para a qualidade de vida dos mais velhos, mas também os riscos potenciais para os jovens, que devem adiar seu consumo, assim como o álcool e a nicotina.

“Se mais gente assumisse o uso de maconha, ajudaria na quebra do preconceito? Já está acontecendo. Você vê, por exemplo, o Nelson Motta, com quase 80 anos, falando claramente que tem um hábito diário há 50 anos. Então é chegado este momento de as pessoas poderem cada vez mais se posicionar. Um dos objetivos do ‘As flores do bem’ é justamente motivar as pessoas, com bons argumentos”, afirma.

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