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Pimenta critica relação entre EUA e Lava Jato após ataques da ONG Transparência Internacional ao governo Lula

jan 31, 2024 #EUA, #FBI, #Lava-Jato, #Moro, #OCDE
Paulo Pimenta (Foto: Reprodução Youtube)

O chefe da Secom repercutiu as denúncias feitas pelo jornal Le Monde sobre algumas irregularidades da operação lavajatista

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, criticou a relação entre a Operação Lava Jato e os Estados Unidos após a ONG estrangeira lavajatista Transparência Internacional atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sugeriu uma piora do Brasil no corrupção em 2023.

O chefe da Secom destacou uma matéria do jornal francês Le Monde que denunciou um conluio entre EUA e Lava Jato. Segundo a reportagem, publicada em 2021, começou em 2007 o estreitamento das relações entre os EUA e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que, em 2014, seria juiz da Operação Lava Jato, com início naquele ano. Depois, em, 2021, ele foi declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal.

Conforme a reportagem da publicação francesa, em 2007, autoridades norte-americanas estavam irritaas com uma suposta falta de cooperação dos diplomatas brasileiros com os EUA no combate ao terrorismo. Naquele ano, Moro foi convidado a participar de um encontro, financiado pelo departamento de estado americano, seu órgão de relações exteriores. O convite foi aceito. Ele fez contato com representantes do FBI, do Departament of Justice (DOJ) e do Departamento de Estado dos EUA (equivalente ao Itamaraty).

Anos depois, final do governo Lula e início da gestão de Dilma Rousseff, autoridades estrangeiras, com destaque para um grupo anticorrupção da OCDE, influenciado pelos EUA, pressionaram cada vez mais o Brasil a ter leis mais duras de combate à corrupção.

Em 2012, Moro foi nomeado para integrar o gabinete de Rosa Weber, recém indicada para o STF. Dois anos depois, quando começou a Lava Jato, ele passou a ser o juiz de primeira instância jurídica, em Curitiba (PR). De acordo com a Vaza Jato, Moro interferia na elaboração de denúncias, que devem ser feitas apenas por promotores, para, em seguida, o juiz decidir se denuncia ou absolve a pessoa investigada.

Um dos diálogos da Vaza Jato mostrou que, segundo o então procurador Deltan Dallagnol, alguns procedimentos jurídicos da Lava Jato dependiam de “articulação com os americanos”.

Atualmente, Moro é investigado após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, atendendo a pedidos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou a abertura de um inquérito na Corte contra o ex-juiz e procuradores que participaram de um acordo de delação premiada na Lava Jato. O empresário Tony Garcia foi quem denunciou as ilegalidades do ex-magistrado.
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