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Com dengue em alta na Argentina, falta repelente no país; produto é vendido por até R$ 190

Paciente com sintomas de dengue aguarda para ser atendido em hospital de Buenos Aires, em 26 de março de 2024 — Foto: Natacha Pisarenko/AP

Por g1

Segundo a agência de notícias AP, há poucas semanas, um repelente de aerossol era vendido em Buenos Aires por cerca de US$ 5,67 (R$ 29, na cotação atual). Agora, em plataformas de comércio online, o preço chega a US$ 37,47 (R$ 190).

 

 

Houve uma onda de reclamações contra o governo, e o ministro da Saúde, Mario Russo, disse que a falta de produto vai se resolver nas próximas semanas.

Enquanto não tiver produto, ele disse, os argentinos devem ter cuidados como cobrir as pernas com calças e os braços com mangas compridas.

A falta é maior na região metropolitana de Buenos Aires, de acordo com o “La Nación”. O jornal afirma que conseguir repelente “é quase impossível”.

Segundo o “La Nación”, as vendas de produtos repelentes aumentaram mais de três vezes nos últimos dias, e a oferta nos supermercados e farmácias não é suficiente.

O representante de um supermercado afirmou que a venda em março deste ano é 250% maior que de março do ano passado, e por isso é muito difícil atender a demanda.

Uma outra rede disse ao jornal que os produtos somem das gôndolas em minutos.

Segundo o “La Nación”, há três empresas que fabricam repelente na Argentina que, juntas, têm mais de 90% do mercado relevante.

A SC Johnson, que fabrica um dos principais produtos desse mercado, afirmou que aumentou três vezes o tamanho da produção habitual e que começaram a ofertar repelente em embalagens de diferentes tamanhos, mas que só de fevereiro para março houve uma alta de 300% da demanda.

Dengue na Argentina

 

Desde julho de 2023, mais de 180 mil pessoas foram infectadas pela dengue, e 129 morreram. Há mosquitos circulando com dengue em 19 dos 24 territórios do país.

No último boletim epidemiológico, afirma-se que os casos acumulados nesta temporada são equivalentes a mais de seis vezes o volume da temporada de 2022/2023.

Não há um programa nacional de vacinação, apenas iniciativas de províncias, e em alguns lugares os pacientes precisam pagar pela dose.

O ministro da Saúde afirmou que a vacina não é efetiva para mitigar o surto e que ainda não há evidências suficientes da eficácia para que ela seja incorporada ao calendário de vacinação do país.

O ministro Russo afirma que o imunizante é seguro e eficaz para pessoas de 4 a 16 anos, e que o governo agora espera os dados da fase 4 de testes da Argentina e Brasil para analisar como será seu programa de vacinação.

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