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Audiência pública debate cultura da paz como forma de enfrentar violência nas escolas

Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

A audiência será realizada na Escola Parque da 303/304 Norte

 

A Câmara Legislativa do Distrito Federal inicia a semana com uma discussão bastante atual: como fazer frente à onda de violência nas escolas? O assunto será debatido em audiência pública nesta segunda-feira (24), a partir das 19h, no auditório da Escola Parque da 303/304 Norte.

Proposto pelo presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), deputado Gabriel Magno (PT), o evento vai contar com a participação de especialistas, profissionais da Educação e outros representantes da comunidade escolar. Também foram convidados os secretários de Segurança Pública, Sandro Avelar, e de Educação, Hélvia Paranaguá.

Gabriel Magno aponta ter proposto a discussão por entender que as alternativas até então apresentadas para coibir os atos violentos e ataques – a exemplo da instalação de detectores de metais e da ampliação do policiamento – estão longe de solucionar o problema. “Essas propostas já foram adotadas em outros países e deram errado”, destaca o distrital.

O parlamentar defende que as medidas de enfrentamento à violência devem passar, necessariamente, pela observância à legislação brasileira, como o Plano Nacional de Direitos Humanos, e à Lei Distrital nº 4.626/11, que cria o Programa de Promoção da Cultura de Paz nas Escolas. “Aumentar o número de armamentos dentro do ambiente escolar não vai diminuir as ocorrências”, acredita.

Mas, afinal, o que é cultura da paz? De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o conceito abrange um conjunto de valores, atitudes e práticas que rejeitam a violência e que apostam no diálogo e na negociação para prevenir e solucionar conflitos.

Uma das convidadas para a audiência pública, a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio argumenta que os professores e orientadores educacionais desempenham um importante papel na promoção da cultura de paz nas escolas. “Vida nunca dialogará com violência. Por isso, as ações desenvolvidas para coibir as ações que vêm chocando a sociedade sempre devem ter como princípio a paz e tolerância”, prega.

A sindicalista completa: “Condições adequadas de aprendizado e de trabalho, formação, respeito: todas essas e várias outras questões são inegociáveis na promoção da cultura de paz nas escolas. Enquanto isso não for compreendido e aplicado, estaremos vulneráveis”.

Escola parque

A Escola Parque da 303/304 Norte foi escolhida para sediar o debate desta noite por representar um modelo idealizado na criação de Brasília e que pode ser tido como um caminho para a diminuição da violência nos ambientes escolares.

A ideia dessas escolas era a promoção de uma formação integral e humana. No contraturno das aulas tradicionais, os estudantes praticavam esportes, música, pintura e outras atividades de interação social e educativa.

“Precisamos retomar esse modelo de escola pública inicial na cidade”, acredita Gabriel Magno.

Denise Caputo – Agência CLDF

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